CRIAÇÃO DA PARÓQUIA
Construção da Igreja Matriz em 1946
Foto de Antonio Veras - retirada do livo Alexandria Retratos de uma História
Construção da Igreja Matriz em 1946
Foto de Antonio Veras - retirada do livo Alexandria Retratos de uma História
Com o decorrer dos tempos, aquela pobre e desconhecida Barriguda, a qual mais tarde recebeu o nome de Alexandria, começava a progredir, várias famílias aqui vieram para residir, a religião foi se desenvolvendo e tudo se modificou.
Em 07 de novembro de 1930 foi a Vila a designada sede do município, com o nome de João Pessoa.
Devido causar grande transtorno nos serviços Postais e Telegráficos, como nas remessas de mercadoria e tantas outras coisas, com a Capital da Paraíba, foi necessário restaurar o nome de Alexandria.
Deste então, as forças dos homens desta Vila se uniram na generosidade do amor, partilhando ao lado do seu povo, com novas idéias de paz, de justiça e sobre tudo no engrandecimento desta terra, e em 24 de outubro foi outorgada a categoria de cidade.
A criação da Paróquia ocorreu no dia 25 de Outubro de 1936 pelo decreto canônico, can. 216, 454 do 3º can. 1427 por D. Jaime de Barros Câmara, 1ª Bispo da Diocese de Mossoró.
Foi o seu primeiro vigário Pe. João Wagner, da Congregação da Sagrada Família, com residência em Patu; tomou posse no dia 22 de dezembro de 1936, e por aqui permaneceu até 1937.
Os primeiros casamentos realizados na paróquia aconteceram no dia 23 de dezembro de 1936, pelo Pe. João Wagner. Os referidos noivos foram Francisco Vieira da Silva com Francisca Veras Diniz e José Jácome de Araújo com Italina Elita de Araújo.
Aconteceu neste mesmo dia o batizado de Rausita, filha de Francisco Alves Santana e Maria Luiza da Conceição, o primeiro batizado da paróquia.
Tem esta Paróquia duas capelas: A de São Sebastião em João dias e a de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro em Vasto Horizonte , hoje Pilões.
Além da festa de Nossa Senhora da Conceição, excelsa padroeira da paróquia, celebra-se com grande animação nas capelas a de São Sebastião e a de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro.
Em ambas, as novenas era tiradas pelo povo, sendo que a última era rezada pelo vigário; as despesas eram pagas com coletas e o rendimento dos leilões.
Existia também nesta Paróquia, além da Associação do Sagrado Coração de Jesus, a Associação de Santa Teresinha, da qual faziam parte homens, mulheres e crianças.
De Julho de 1937 a outubro do mesmo ano assume a Paróquia Pe. Carlos Theisen.
Em outubro de 1937 reassume a Paróquia o Pe. João Wagner até 1939, quando foi convocado pelo bispo para trabalhar na Diocese com a Congregação da Sagrada Família, da qual o referido padre fazia parte.
Em 11 de janeiro de 1941 o bispo D. Jaime de Barros Câmara, acompanhado do Rvmo. Frei Francisco Solano e os seminaristas Alindo Pinto, Luiz Soares e José Tito, chegaram a Paróquia de Alexandria para uma visita Pastoral. Quando chegaram aqui encontrarão a população reunida com o Pe. Luiz Kluir e as autoridades. O professor João de Deus Bessa apresentou as boas vindas aos visitantes em nome de todos.
Já estavam iniciados os trabalhos da Nova Matriz, mas D. Jaime achou por bem verificar se existia maior vantagem na remodelação da Antiga Matriz, de uma vez que existiam opiniões a esse respeito. Para isso o Rvmo. Escolheu uma comissão para verificação dos fatos. Composta de 07 pessoas a comissão ficou assim constituída: Presidente – Pe. Luiz Kluir, Vice-Presidente- Pedro Lobo da Costa, Secretario – Francisco de Oliveira Sousa, Tesoureiro – Hermes Paiva, Conselheiros – João augusto de Souza, José Bento de Oliveira e Noé Arnaud. Por unanimidade a comissão opinou ser preferível, por motivo econômico e afetivo, remodelar e aumentar a Matriz existente.
Em seu pronunciamento D. Jaime comentou que não podia negar a existência de obstáculos e dificuldades na administração paroquial desta freguesia, a mais nova da Diocese.
Através da Circular nº 68 datada de 07 de março de 1941, o bispo D. Jaime, dividiu a Diocese de Mossoró em quatro Comarcas , pertencendo esta a quarta comarca.
Em maio de 1942 houve importante reunião dos homens mais fluentes, e foi opinado, sem permissão e consulta da entidade eclesiástica, pela construção da nova matriz. Finalmente consultada a autoridade eclesiástica, esta deu a aprovação do projeto.
Como, no entanto, a Velha Matriz precisou de certas reformas (maior, mais ampla, uma torre) requerida pela nova categoria de Matriz, e porque parte não estava conveniente situada, foi concordada a construção de outro templo mais adequado para matriz. E em 05 de julho de 1942 foi feito o lançamento da primeira pedra.
Somente em 14 de fevereiro de 1947 o sonho de vários alexandrienses foi concretizado, pois neste dia foi realizado a inauguração do Novo Templo com a benção de D. João, bispo da Diocese de Mossoró.
Texto retirado do Livro
HISTÓRIA DA IGREJINHA VELHA – 1989
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